segunda-feira, 9 de janeiro de 2012

Testes Nucleares

Teste nuclear, 1953







  Nuvem de cogumelo



E todos os sequelados vítimas de sua própria raça? E todos aqueles que ainda sofrerão com o êxito de mentes lúcidas na destruição? Uma bomba após confeccionada impossivelmente voltará a ser apenas um objeto de posse do governo. Pessoas se agonizam em preocupação com colisões de corpos celestes que varresse toda existência terrestre, pouco sabem que em lugares insalubres, dentro de suas paredes brancas e frias há seres confeccionando armas explosivas cuja energia tem um poder destrutivo imenso. O humano costuma errar, mas duas vezes já foi o suficiente para ter dimensão do terror e do demoníaco resultado proveniente de fissões e fusões nucleares. Digam se poder: para que outro fim uma bomba pode ser usada, a não ser destruição em massa? Construção da desgraça não vale como resposta.

domingo, 8 de janeiro de 2012

Auroras Polares










A aurora polar, fenômeno natural caracterizado por luzes coloridas no céu, é causada pela interação de partículas carregadas de energia provenientes do vento solar com a camada magnética da terra. O Sol não apenas emite luz, mas também o que chamamos de vento solar, que são partículas subatômicas de alta energia. Algumas partículas são desviadas, enquanto outras interagem com as linhas do campo magnético da Terra - as correntes das partículas dentro dos campos magnéticos se dirigem aos pólos. Essas correntes são chamadas "correntes de Birkeland", em homenagem ao físico norueguês Kristian Birkeland, que as descobriu no início do século 20. Ao se concentrarem lá, elas (as partículas solares) interagem com as partículas das camadas mais altas da atmosfera terrestre, o que leva à emissão de luz. É isso que vemos no céu, quando perto dos pólos, na forma de aurora boreal ou austral. Uma aurora polar normalmente é observada à noite e ocorre na ionosfera, onde as partículas colidem nos íons de oxigênio e nitrogênio e transferem para eles sua carga de energia. Ao voltar para suas orbitas originais, os elétrons nos átomos de oxigênio e de nitrogênio irradiam energia em forma de luz. Essa luz produz a aurora, e as diferentes cores provêm da irradiação dos diferentes íons. Podemos ver a Aurora Boreal em regiões próximas ao polo norte como norte do Canadá, Alasca, norte da Noruega (cidade de Tromso - extremo norte da Noruega, conhecida mundialmente como a capital da Aurora Boreal. ), Finlândia e Rússia. O tempo ideal é a noite entre os meses de Dezembro e março, procure ir em dias de Lua Nova, sem nuvens. Já aurora austral é mais difícil pois a maior parte pode ser vista apenas da Antártida e as vezes do sul da Austrália.
















"Vivemos em um pedaço de rocha e metal que circunda uma estrela monótona que é uma das 400.000 milhões de outras estrelas que compõem a Via Láctea, que é uma das bilhões de outras galáxias que compõem um universo que pode ser um dos muitos, em grande número, talvez um número infinito, de outros universos. Essa é uma perspectiva sobre a vida humana e da nossa cultura que vale a pena ponderar. " - Carl Sagan

sábado, 1 de outubro de 2011

De ignorante para ignorante

                                           


             Eu conheci um homem cruelmente ignorante que vivia falando, falava demais para um homem tão surdo que mal podia escutar o que dizia, se era mesmo o que queria. Palavras demais e coerência de menos. Falava sozinho á porta do Café, talvez estivesse dias sem salivar um prato ou talvez tivesse comido tanto que por isso vomitava aquelas asneiras.
             Aquele homem dizia alguma coisa sobre o Pai-Nosso, mas não estava a orar, era uma espécie de análise do tal texto. Porém de tanto falar ele compreendeu o que queria dizer, então em um súbito ato de sobriedade disse, "O homem ao rezar o Pai-Nosso cava seu próprio poço... o problema não é quando ele deseja ter o pão a cada dia, nem quando ele deseja que a vontade do Altíssimo esteja em toda a superfície tal como em Seu Reino... ", deu uma pausa como que se certificando que eu estivesse atenta, e estava. E prosseguiu, " A sua desgraça é quando ele deseja cegamente, precariamente e baixo como é, que seja ele perdoado igualmente ás vezes que ele perdoa quem o tem ofendido."
              Eu deveria ter pedido uma água, talvez desse grosso modo teriam, aquelas palavras, descido pelo corpo e alma de maneira menos desastrosa. De uma intolerante julgadora passei a verdadeira ignorante e o tal homem de ignorante passou a me incomodar com suas drásticas verdades.

domingo, 17 de julho de 2011

Ligeiramente, me permitindo

                                                   

                Agora sinto, sinto uma estranha agonia entre uma respiração e outra. E vejo o quanto demorei pra olhar para o que realmente deveria ser visto, viver o que realmente mostrava-se necessário ser acompanhado. 
            Sim acabou, e ligeiramente me permito olhar pra trás e dizer adeus... Oh meu Senhor o que é um adeus?
            Será ele esse estranho líquido que amarga ao interromper minha boca, ou isso são lágrimas? São elas imagem refletida inversamente transmitidas de um ciclo de dentro para fora deglutidas de momentos que não sei narrar? Ou serão apenas elas? Eu não sou apenas eu, hoje sou muito pior! Canto músicas que não sei falar, vejo imagens que não sei interpretar, e ainda acho-as inspiradoras. Vou á lugares que não sei onde ficam, converso com pessoas que não sou capaz de dizer a cor de seus olhos. 
            E nesse momento? Nesse momento estou em meio a fumaça viciante e pesada de um bar, e o pior... eu a faço, a faço com um cigarro que me deram de troco na semana passada. Sou eu, o cigarro e um vasinho com uma flor de plástico em cima da mesa que insiste em me encarar, mas não estou tão excitada á me apaixonar... não hoje. As pessoas conversam, riem, me parece tão normal... me parece tão normal esses dementes ignorarem, no palco, o jovem que canta uma música que fala de algo que está 'tão longe'... me parece tão normal ter esse leve pressentimento de que ele canta pra mim, de que ele olha em meus olhos e escarra todas essas rimas, todas essas verdades, as quais você não teve coragem de dizer, eu sei. 
          Nessa noite excessivamente crua, na qual a lua deita sobre as nuvens, eu também experimentei negar o ar da minha graça... no celular ligações dos amigos, da mãe, até sua, mas eu não... irei ficar por aqui escorada na cadeira de madeira, inalando pecado e conversando com o menino da voz rasgada e rimas fáceis. Pois já sou tão amarga, que por honra me faço Lima.

segunda-feira, 11 de julho de 2011

Sou apenas Eu

     
             Sou apenas eu , pode olhar! Não há truques nem disfarces; estou totalmente desarmada, sem planos nem teses. Você me conhece, então não duvide.
          Sou apenas eu, tirei a máscara e desfiz as mentiras.
          Sou apenas eu, não fique com medo, não se acanhe e nem se sinta constrangido com tamanha franqueza; franqueza a qual já deveria ter usado há muito tempo.
          O porque de tudo isso? Não sei... talvez seja por mim, talvez por você, mas com certeza por nós.
          Sem frases de efeito, sem sorrisos programados, sem respostas prontas para as suas perguntas que eu já decorei. Nada! Nada além de mim.
          Não diga-me que tanto faz...tanto faz se eu for sincera ou não, porque eu sei o que você quer. A verdade é o que buscamos, mas não o que queremos, não é?!
          Sabe, andei pensando muito em não pensar tanto em o que dizer, em o que fazer, em o que buscar e sim, não consegui.
          E...e é... é engraçado como eu já sei o que você vai me dizer, como vai agir, como vai me olhar... porque é exatamente como sempre foi. Então, não sei se devo ou preciso fazer essa cena, que querendo ou não já foi ensaiada dezenas de vezes em frente do espelho, pois sendo ou não, o que está para acontecer nós já sabemos como e que sim. É como se nós adiássemos a felicidade para quando quisermos, como se a guardássemos no bolsos da calça e que sempre estivesse ao nosso alcance. E isso foi aceito por ambos sem nenhuma palavra, porque eu sei que o beijo dessa boca é meu.
          Por isso, quando eu estiver na sua frente, não se acanhe ou se sinta constrangido por estar tudo em nossas mãos. Não ache que está bom demais pra ser verdade, porque não está; quando a esmola é muita o santo não desconfia, ele agradece.
          Porém não agradeça, não se trata de um favor, nem de um acaso. Se trata da nossa última chance.
         

segunda-feira, 27 de junho de 2011

Não tão longe do Inferno

                                             

           Não tão longe do Inferno e é equivocado dizer que lá é quente.  É frio, tanto que mal me sinto... e como sinto muito por mim.
          Lá é solitário, por isso frio. É necessário calor humano, mas não há preocupação, nem tão  humanos, então se sente frio.
          Estou de braços cruzados, escorada no que se chama Portal do Inferno, lágrimas se gelam empedrando em minha face. Daqui vejo almas em auto-flagelo, umas agonizando e outras se deliciando no prazer da dor, da sua dor. E nem sei se estou entrando ou saindo, só sei que se há pressa. Há pressa para se sofrer, há pressa de sangue.
         Espera, o que são aquelas pessoas rindo? Me parecem alegres, ou são felizes? Talvez se encontrem na mesma situação que a minha: Sorriem chorando. Ou talvez sejam um casal.
        Será danoso á mim entrar de uma vez ou acabará sendo uma forma de fugir de tudo, assim como o casal? Olhando para trás, percebo que o inferno é lá. Lá é quente, lá é perturbador, lá é onde tu moras. Entre meio tudo, procuro motivos para voltar, mas entre eles só me deparo contigo, e nem em pensamentos consigo te encarar. Seus olhos, os meus lagrimejam. Sua insignificância é significante por demais á mim.
       Estou tentando me afastar, e isso por si só já se faz inferno.